quinta-feira, 9 de julho de 2009

Amanhã será diferente!

A maioria das pessoas vive os seus dias na esperança de que o amanhã lhes dê o que pensam que lhes falta neste momento. No entanto, como o único tempo real é o presente, a sensação de falta, tem que ver com algo que faltou no passado e que continua a ser revivido como se fosse agora. No presente não nos pode faltar nada, a não ser que estejamos a pensar no passado ou no futuro.

A escassez pode surgir manifestando-se em qualquer área da vida do ser humano. Por exemplo, falta de dinheiro, emprego, companhia, saúde, segurança, etc...
Por detrás da escassez ou da falta na vida de qualquer pessoa, existe sempre um rosto do passado.

Na sua infância, essa pessoa sentiu-se privada de algo na relação que teve com os seus progenitores, e ainda acusa inconscientemente um deles ou ambos, de a terem privado de algo psicologicamente importante . Poderá pensar, por exemplo, que se tivesse tido mais atenção, carinho, amor, valor, apreciação, segurança, estabilidade, acompanhamento, mais dinheiro, mais estudos, etc., as coisas agora seriam diferentes.

No presente, e como na mente o tempo é sempre agora, essa sensação de ter sido privada está presente e faz com que ela esteja inconscientemente ainda a culpar a pessoa do passado por essa privação, como se fosse agora. Por isso ainda sente o que sentiu no passado.

No caso do dinheiro, por exemplo, a pessoa poderá acumular uma imensa fortuna, criando a ilusão do poder, para depois demonstrar, a essa pessoa que acusa do passado, que apesar do que a outra a privou, ela conseguiu ser poderosa sozinha e não precisa dela para nada.

Um outra forma, poderá ser a de nunca conseguir uma situação financeira segura ou estável, viver numa condição miserável até, para poder, inconscientemente, acusar a pessoa do passado de ser a causadora da sua situação de miséria. Inconscientemente, fará tudo para que a situação se mantenha assim, apesar dos seus muitos esforços conscientes para sair disso.

Em ambos os casos, e devido a esta culpabilização dos outros, continuará a haver a sensação de falta. No caso da pessoa que acumula dinheiro, ela irá continuar desesperadamente a acumular cada vez mais, como se quisesse preencher um vazio que nunca acaba e a pessoa que vive na escassez também sentirá a falta porque a está a produzir inconscientemente.

Se pararem ambas de acreditar que foram privadas de algo, a abundância será a realidade presente nas suas vidas.

Esta dinâmica da culpa não é consciente, e só se resolve se "perdoarmos" a pessoa que acusamos de nos ter privadode algo no passado. Na realidade, muitas vezes essa pessoa do passado não nos privou de nada, mas nós atribuimos-lhe a causa dessa sensação psicológica de falta de algo nas nossas vidas. Ao libertarmos essa pessoa da culpa também abandonamos a necessidade da acumulação compulsiva ou o estado de escassez nas nossas vidas.

No meu workshop "Vença os seus medos e seja feliz" abordamos este tema.

Num "pub" de Londres existia uma letreiro que dizia: "Amanhã, cerveja grátis". Como se poderá deduzir, ainda ninguém usufruiu dessa oferta.

Não esperemos pelo amanhã porque ele não existe. Só podemos viver no presente. O passado está no passado, o futuro está no futuro, o presente é o único tempo real onde podemos agir.

Provavelmente, não terá reparado que escolheu sentir o que está a sentir neste momento. A novidade é que se não gosta do que está a sentir, isso não tem nada a ver com o que está no seu exterior. Mas o que está no seu exterior é o espelho do que está sentir neste momento.

Aprender a gerir o seu estado interior é pois a única forma que tem de mudar a sua vida!

Abordamos esta dinâmica no workshop "Matrix".



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